“SE ATINGISSE OS HOMENS, Já HAVERIA UMA CURA”: Há 40 ANOS QUE NãO é APROVADO UM TRATAMENTO PARA A ENDOMETRIOSE

Um novo tratamento chamado dicloroacetato pode reduzir a dor e as lesões causadas pela endometriose, uma doença crónica que afeta 10% das mulheres e que demora em média dez anos a ser diagnosticada. “Os problemas de saúde das mulheres têm sido historicamente subvalorizados e subfinanciados”, reconhece o presidente da Sociedade Mundial de Endometriose que está a conduzir os ensaios deste medicamento

A dor menstrual não é normal. Apesar de uma em cada dez mulheres sofrer de endometriose, segundo a Organização Mundial de Saúde, a doença continua a ser “desvalorizada” e “sem tratamentos eficazes e direcionados”. Mas há um medicamento que está a mostrar resultados promissores e — se for aprovado — será o primeiro tratamento para a endometriose descoberto em 40 anos.

É uma doença crónica, hormonal e inflamatória que se “caracteriza pelo crescimento de tecido semelhante ao endométrio [tecido que reveste o interior do útero] fora do útero, geralmente na pelve, mas também pode ocorrer em outras partes do corpo”, explica o ginecologista Miguel Raimundo. Esse tecido pode fixar-se em órgãos como os ovários e as trompas de Falópio, e até mesmo em órgãos mais distantes, como os pulmões ou o coração, acrescenta.

Dor intensa durante a menstruação (dismenorreia) e durante relações sexuais (dispareunia) são dois dos sintomas mais comuns da endometriose. Mas a lista é extensa: irregularidades menstruais, fluxo abundante, infeções urinárias recorrentes, náuseas ou vómitos, inchaço abdominal, infertilidade, entre outros. “É uma doença complexa e multifacetada cuja causa ainda não é totalmente compreendida pela comunidade médica”, nota o ginecologista.

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