ORDEM DOS PSICóLOGOS REúNE-SE COM MINISTRA DA SAúDE NA PRóXIMA SEGUNDA-FEIRA

Ordem dos Psicólogos quer uma garantia de que os planos de desenvolvimento organizacional das ULS vão ser concluídos, para que a contratação dos "mais de 100 psicólogos" que estava previsto integrarem o SNS "ainda este ano" possa avançar, adianta o bastonário Francisco Miranda Rodrigues

A Ordem dos Psicólogos (OP) vai reunir-se na próxima segunda-feira, dia 29, com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que deu esta semana início a um conjunto de reuniões com representantes do setor da saúde, entre ordens profissionais e sindicatos, adianta o bastonário Francisco Miranda Rodrigues.

No encontro, será pedida à nova ministra a garantia de que o processo de aprovação do quadro de referência da Direção Executiva do SNS (DE-SNS) e dos planos de desenvolvimento organizacional das ULS vão ser concluídos, para que a contratação dos "mais de 100 psicólogos" que estavam previstos integrar o SNS "ainda este ano" possa avançar.

A Ordem também espera que os estágios profissionais de psicólogos, de admissão à carreira, no SNS, possam avançar. "Há um vazio legal que leva a que a maior parte das unidades de saúde diga que não tem instrumentos jurídicos que permitam realizar esses estágios". Dos mais de 1000 estágios profissionais realizados em 2023, “apenas cerca de 40 foram feitos no SNS”, diz Miranda Rodrigues.

Segundo o bastonário, o anterior ministério da Saúde “elaborou um regulamento”, e fê-lo chegar à ACSS (Administração Central do Sistema de Saúde), cabendo agora à DE-SNS "operacionalizá-lo" e dar indicações às ULS sobre os estágios, nomeadamente sobre as condições em que devem ser feitos.

“Estes estágios são muito importantes, seja para os jovens psicólogos, seja para o SNS, que por essa via ganha massa crítica e rejuvenescida, e profissionais com experiência e conhecimento que, mais tarde, podem vir a ser integrados em condições diferentes.”

Saída de Fernando Araújo é “perda enorme"

Para Francisco Miranda Rodrigues, a demissão de Fernando Araújo, o qual "demonstrou, uma vez mais, ser extremamente competente no exercício da sua função", representa “uma enorme perda para o país”.

"No que diz respeito aos serviços de psicologia, deu passos imensos que jamais tinham sido dados em muitos anos. Para nós, foi claríssima a vantagem de ter uma direção executiva com capacidade de decisão e operacionalização, não dependendo do poder político para todas as microdecisões".

Para o bastonário, a demissão acaba por ser um "sintoma" de um problema maior, que é a "incapacidade" que existe em Portugal de manter uma estrutura "com capacidade e potencial para se manter distante da microgestão política e partidária".

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